domingo, outubro 13, 2013

Monica Simons comenta


II CONGRESSO DE EDUCACIÓN AMBIENTAL DOS PAÍSES LUSÓFONOS

Conferencias finais – 11/913

M. Simons: auditório do centro cultural da UFMT

Relação de pontos mais significativos registrados por Monica Simons ( CEAG - Centro de Educação Ambiental de Guarulhos, São Paulo , Brasil / Secretaria Municipal da Prefeitura de Guarulhos/ Rede Planetária do Tratado de EA – Rede PlanTEA) – ceag@terra.com.br

1ª Mesa da Manhã 

Obra de Imara Quadros em parceria com comunidades quilombolas = produção das bonecas – junção de saberes “descolonizantes”, a partir de uma talha de madeira de cultura africana foram feitas as boneca Caboverdeanas. As flores que as enfeitam foram feitas por mulheres quilombolas do Quilombo Mata Cavalos – Mato Grosso.
Esta ideia de ambientação para o cenário do congresso  teve também a sua base ou estimulo  no livro “Alice no Pais da Sustentabilidade” Michele Sato.

M. Simons: escultura de jornais de Imara Quadros e estudantes IFMT

Aidil Borges

Fazendo uma retrospectiva:

·         É necessário plantar para colher mais tarde, pensando nos desafios de um novo congresso, podendo fazê-lo com base nos  pontos dados por Michele e Joaquim, no instrumento de base para ver ate onde vamos avançar. E com certeza Arte e Cultura são um caminho muito importante!
·         Temos que analisar quais os desafios e o que queremos construir, tendo uma língua em comum mas com outras centenas, nas comunidades dos países de língua portuguesa, na diversidade e ao mesmo tempo na Individualidade de Estados membro.
·         Em 2005 foi dada a primeira iniciativa de EA na rede Lusófona ( Joaquim e Michele) com a consolidação da  Rede Luso, que hoje inclui países como Angola, Guine Bissau, etc.
·         Em 2006 volta-se a discutir esta Rede e suas possíveis ações ou desdobramentos no Simpósio realizado no escopo do V Congresso Ibero-americano em Joinville, Santa Catarina , no  Brasil, onde se reforça a existência de uma Identidade lusófona na área da EA com uma linguagem em comum e constituindo um campo de ação significativo.
·         2007 se realiza o 1ºCongresso Lusófono de EA, em Santiago de Compostela, Galícia, onde este movimento se  sedimenta indo mais além.
·         Até o presente momento não houve condições de realizá-lo nos países angolanos... a expectativa e que a partir deste congresso possamos criar condições para uma presença mais forte dos países lusófonos de África.

Quanto a pontos de reflexão sobre a Educação Ambiental:

·         Estamos sempre frente a diversidade e ao desafio que implica estabelecer relações  numa enorme riqueza de línguas, religiões e  costumes, no maior deserto quente do mundo, ou seja a busca de uma construção de identidades nos mosaicos dos países lusófonos;
·         Precisamos conhecer qual o pulsar de cada país que traz seu conhecimento e as boas práticas. O Brasil tem sido o reprodutor de idéias que podemos levar para as nossas realidades.
·         O que vale é esta vontade e a NEREA esta sempre presente e ligada a Rede Lusófona, como espaço de todos para tirar o máximo proveito destas potencialidades.
·         Em cada uma das instancias do histórico foram criadas nova linhas de ação e se não se avançou o tanto que se desejava se abriram muitas portas.
·         A criação da Rede Planetária do Tratado, Rede PlanTEA é um novo produto. Estivemos no encontro em Marrakesh onde ficou evidente a necessidade de ir além  e trabalhar os conteúdos e princípios do Tratado nos currículos novos nas escolas.
·         Acredito que este 2ºCongresso vai marcar a diferença para conseguir aprender a voar e chegar mais longe e o conceito de “Escolas sustentáveis”( Michele Sato, Rachel Trajber, Teresa Moreira) ,  pode ser algo que seja uma referencia para sedimentar e amadurecer.

M. Simons: Aidil Borges

Resumindo:
·         Sabemos que a legislação e Constituição não é igual em todos os países, assim como que a EA ainda não é política publica ou prioridade em muitos países. Isto tem que acontecer, as leis dão suporte legal para ajudar a reivindicar.
·         Precisamos começar a nivelar ou a criar um patamar comum a través da construção de uma cartografia para definir a identidade do que se faz em EA em nosso países, mas primeiro precisamos nos conhecer para saber que tipo de proposta e caminho é necessário construir. Se não nos conhecemos não temos como caminhar, assim é vital realizarmos o mapeamento ou cartografia das nossas realidade.
·         Precisamos também construir um programa próprio. Sabemos que já existem também espaços com programas em conjunto não por voluntariedade mas por uma questão emergencial, de falas em francês que entram numa educação conceito com sua identidade típica- fechada, de territórios próprios , mas se analisamos o atlântico de norte ao sul, encontramos territórios de pequenez geográfica, mas de populações que tem um enorme peso culturalmente , enquanto um campo que a Michele não dispensa. A cultura nos diz tudo e estamos unidos nesta área de influência. Arte é palavra chave e que poderá ajudar a sedimentar todas estas ideias que queremos implantar.


M.Simons: Michelle, Zé Vicente & Rachel
Rachel Trajber

·         Temos limites e potencialidades, territórios muito dispersos , mas há a mesma vontade de fazer um mundo diferente.
·         O que nos distingue de outros processos de EA , da educação para o desenvolvimento Sustentável  é que  somos críticos , mas somos capazes de gerar alternativas com um olhar lusófono o que nos fortalece muito perante outros grupos.
·         Temos também o Tratado e a Rede PlanTEA com esta forma lusófona que nos une e nos faz ver o mundo com um olhar critico e com capacidade de propor alternativas a pesar de ser a língua dos colonizadores, agora trata-se de um outro tipo de colonização e de “descolonização” que é o que estamos propondo... nos fazendo estar juntos. Nossa língua é a nossa pátria.

Conforme a música de Caetano Veloso: “No quero pátria , quero fratria”, ...

Nos queremos“soratria” (soros – irmãos)
Temos que inventar novas palavras ...

Tornando esta frase, uma meta para nós.

·         Todos nosso países estão enfrentando a dura realidade de ter que descolonizar mentes... existe um “capitalcentrismo” que se coloca de uma forma tão inexorável nas nossas vidas cotidianas que a gente nem percebe a presença que é quase como uma  única visão de mundo possível,   como um fim da história que termina num capitalismo mesmo que “melhoradinho”... é frente a isto que temos que ser críticos e deixar de reduzir as sociedades humanas a um único panorama de modos de vida, formas de visão de mundo que é como se o consumo fosse a única forma, e as desigualdades sociais fossem dadas, como resultado inevitável.
·         Nestes nove objetivos do DS , das Metas do Milênio que substitui a Rio+20, erradicar a miséria  não pode estar alienado de encarar as desigualdades. Isso sim seria trabalhar na direção da sustentabilidade.
·         Mas as coisas mudam de uma forma tal que continuam iguais, com uma visão colonizadora do capital como centro de tudo.
·         As outras possibilidades são sempre consideradas como alternativas, não é o nosso mundo que precisa mudar para se tornar sustentável, sabemos disso, mas o conhecimento que não é produzido de forma neutra,  ele tem que estar situado neste enfrentamento não para  construir outro mundo , mas tornar este mundo sustentável.
·         Este capital que gera desigualdades que é transnacional, não funciona de igual forma para o trabalho e ele é controlado, pautado na mais valia e no como algo transformador da pessoa e da realidade ,como algo criativo.
·         Nada é pensado desta forma, é sempre  pensado como mais valia, tendo como base a capacidade de consumir... quem não consome no é considerado como cidadão.
·         Compreender o modelo da sociedade que carrega valores fragmentários, reducionistas, individualistas, competitivos, concentrador de riquezas, expoliatório e que se volta para a degradação da vida, ambiental e dos valores.
·         Com a gente constrói por dentro. Não é outro mundo, é este, este modelo hegemônico é antagônico as bases de sustentação da vida. Vamos destruir não o planeta mas a biosfera de que dependemos.
·         Eles não estão pensando de forma ampla na complexidade e no coletivo sinergia sinérgica de que recicla e se recicla.
·         Não há novas águas....são estas águas ... compradas por Coca-Cola , todas as águas do mundo . Nos países do norte será só, nesta água, frente as mudanças do clima. E nos países do sul estamos poluindo muito esta água.
·         Estas grandes empresas ( EXPULSOS DA FRANÇA E INDIA) desmineralizam a água, vendem e estão poluindo-a.
·         Água é um direito nosso sem precisar pagar para Coca- Cola ou Nestlé... cuidado. Precisamos construir esta nova vida na dialogizidade entre cooperação – solidariedade X competição.
·         Isto como base, de que nós, nesta sociedade em que vivemos, não sabemos lidar com o intangível e com o longo prazo... como diz o Tratado, somos  todos aprendizes de sustentabilidade , então com base na EA, todos nossos trabalhos  estão sempre voltados para o “ vamos cuidar”... de todos os processos e neste estado da arte, cuidar das pessoas, da água, da natureza ou das bases de sustentação da vida  e isso tem a ver com justiça ambiental.
·         Na conferência que participei e olhava para os quilombolas na Bahia, contaram que o governo tinha que decidir para onde a água ia (na zona rural perto de ilhéus, tinham duas comunidades), não foi para os quilombolas mas para os demais, ou seja as injustiças ambientais tem a ver com as pessoas e não com a natureza.
·         Atualmente a EA aponta para a necessidade de proteger estas mesmas comunidades com relação as mudanças que estão acontecendo. Causas antropogênicas das mudanças climáticas.
·         Estamos vendo que esta acontecendo e tem uma visão gerencial....somos todos co-responsáveis pelo consumo dos recursos e pala destruição da naturezas e de sermos afetados pela contaminação.
·         Perante esta máxima genérica, a justiça das mudanças climáticas – justiça climática, precisamos estar  o mais próximo da EA nas políticas  para as mudanças climáticas. Nos discursos da justiça climática no contexto brasileiro, tem como resultado que os menos responsáveis pelas emissões serão os mais afetados.
·         O discurso da justiça climática ainda não foi incorporado... são as populações mais carentes as mais vulneráveis  ( enchente, falta de água, secas prolongadas, quantidades e preços dos alimentos, sementes inexistente, etc). Não podemos tratá-las da mesma forma que aos demais, tem mais direitos de serem protegidas pela educação que as outras,  se pensarmos em termos de justiça climática.
·         Se quisermos outro mundo neste mundo, precisamos pensar mais em justiça climática na relação com eles. Timor leste é lusófono, pacifico sul, ilhas... etc. não é com grandes investimentos de dessalinização da água do mar, mas sim com captação de águas de chuva e outras tecnologias que tem que ser distribuídas na população e não concentradas em capitais específicos.
·         Socializar Soluções sustentáveis X Engenharias restritas a grupos de interesse. Isto nos leva a concepção de  Escolas Sustentáveis. Aquelas onde exista Eco-eficiência energética , hídrica, da alimentação etc., tendo como base a questão da sustentabilidade e não grandes mudanças como a de construir hidrelétricas fora do município.
·         A partir das descolas sustentáveis, conseguimos construir um outro olhar do mundo numa outra percepção das bases de sustentação da vida com o ar, água , alimentação , como coisas básicas de sustentação da vida.
·         Considerar estas questões podem aumentar as chances de qualidade de vida,  tendo este discursos e práticas a sua construção desde suas bases.
·         Concluo minha fala com uma citação de um livro que acabei de ganhar, de Manoela de Barros: “ para encontrar o azul eu sou pássaro” , eu completo com : Usemos pássaros para fazer a descolonização das mentes”. 


M Simons: Michèle & Zé Vicente
Jose Vicente – Ministério de Educação

  • A Rachel sempre tão inspiradora, ainda mais com Manoel de Barros. Que possamos fazer , então uma revoada de descolonização.
  • Temos o desafio de como envolver mais as comunidades , que estas comunidades possam estar aqui , fazer propostas, não para elas, mas com elas.
  • Nos processos da 4ª edição da Conferencia Nacional Infanto Juvenil , chegamos a uma média histórica de 15 mil escolas que já realizaram conferencia! , e nesta edição são  20.000 escolas participando deste processos.
  • Temos um Programa , chamado PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola,  com 100 milhões de reais para que as Escolas possam animar a EA e que possamos construir a partir de processos de gestão pública.
  • Quanto a EA no contexto dos países lusófonos, quero fazer uma provocação, que assim como atuamos em Angola numa ação bilateral, no Programa Nacional de EA em Angola, que possamos pensar a EA no contexto dos países lusófonas não somente na perspectiva de uma identidade comum que nos une, mas questionar o que nos anima a empoderar o processo da EA no contexto dos países lusófonos.
  • Há um olhar histórico para o campo da EA e o que ela tem produzido nos últimos 20 anos! Temos um grade documento que é o Tratado. Ali estão as ideias,  valores e princípios fundamentais de uma EA que fazemos dentro e fora do governo e que marcam muito a nossa ação, mas ao mesmo tempo, se pensarmos nos grandes eventos que nos agregam, a pergunta é : o que vem de novo para nos animar e orientar? Se olharmos a partir do que aconteceu na Rio+20 ou o teor dos documentos, O Futuro que Queremos e  o que tem de EA neste documento oficial, poderemos constatar que não tem NADA de perspectiva ou novo horizonte, assim como também não no da Cúpula dos Povos.
  • Então o que sobra como provocação para gente pensar?... De onde podemos tirar a novidade ou um elemento que possa nos inspirar a ir adiante e que possa nos ajudar nesta outra forma de ser e de estar no mundo? Justamente, tenho pensado muito que o que pode ampliar , animar e consolidar o campo da EA são 4 pontos fundamentais:
1)      Renovação: está numa busca de aproximação em relação a discussão que se faz no campo mais genérico dos direitos humanos. Esta perspectiva se fortalece quando, por um arranjo institucional, a EA começa a pertencer a uma Secretaria com temas tão difusos quanto complexos como aos que trata a SECADI.  Interessante, porque quando passamos por este rearranjo começamos  a perceber os temas que trata: alfabetização de jovens e adultos, diversidade, direitos humanos , inclusão, etc. Como a EA se arranja neste contexto temático tão diverso? Neste contexto há uma possibilidade de agenda comum nestes temas , através da EA, com a promoção  de novos valores que justamente é a proposta dos Direitos Humanos. Assim a possibilidade da EA se renovar nesta aproximação e de gerar um discurso e prática que possa ter força de ser abrigada pela sociedade. Pensar EA no contexto dos países lusófonos tem a ver com resgatarmos e nos aproximarmos dos Direitos Humanos.

2)      Bandeira Identitária, (historicamente levantada pela  Michele), refletir sobre  o que queremos propor como grande força identitária nos países lusófonos , tem que ser cravado no campo da “arte”. Se falamos de nova forma de ser e estar no mundo, o novo processo civilizatório tem a ver com a capacidade de invenção e criação então podemos nos inspirar nas referencias que a arte nos oferece, porque antes de uma obra de arte surgir ela é pensada... a arte nos da a possibilidade de renovar métodos,  formas, discursos, etc. A arte deve ser um elemento inspirador tem que ter um forte componente identitário que nos una e o novo que vem da nossa capacidade de invenção.

3)      Papel da Tecnologia: É necessário pensarmos no papel que pode e deve ter a tecnologia neste campo e porque vou resgatar. ( Hebert Marcuse - Eros e Civilização – 1968 - http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAUU0AD/resumo-eros-civilizacao) – Questionar qual deve ser o papel da tecnologia ,neste outro mundo que queremos criar... A tecnologia tem que nos substituir no trabalho para ter mais tempo livre para o encontro, porque é no encontro que alimentamos o espírito e a alma, é no encontro que fazemos valer o sentido pleno da vida. A tecnologia tem que ter este papel, para nos encontrarmos. Então esta EA que tem um vínculo identitário como se encontra neste questionamento?  Para uma nova cultura temos que pensar nestes pontos de confluência.
4)      Diálogos com outras vertentes: como fortalecemos esta identidade no contexto dos países lusófonos sem desconsiderar os outro que esta ai, como incluir por exemplo a Cuba. Como não nos fecharmos no lusófono sem que tenhamos diálogos com outras vertentes.
·         Trazer esta experiência do campo da Política Publica, nesta ação que estamos tentando consolidar, o que estamos tentando construir só faz sentido na interação da sociedade, como seria o caso do Projeto de Escolas Sustentáveis. Onde engatamos para abraçar com todas as formas de ação. Dar uma olhada no passado para ver o que a COEA , tinha construído como cultura para amarrar todas as iniciativas, como proposta de política pública permanente, articulada, como Política de Estado.
·         Programas como TVEscola, Salto para o Futuro, Espaços Educadores Sustentáveis – Buscando uma definição entre especialistas,  quem me tocou mais foi uma menina do RJ do SESC Jacarepaguá que ao ser perguntada
Sobre o “que é escola sustentável”?, ela respondeu : “ah, é gente voltar acreditar que a partir da escola a gente pode transformar o mundo”.
·         Toda e experiência construída, passava por espaços e estruturas sustentáveis, e a partir dali tinha um conceito que passa pela lei do MMA de animar processos de EA em todos os níveis e modalidades de  ensino desde o infantil até o ensino superior.
·         Temos 54,5 milhões de alunos e 2 milhões de professores e 195 mil escolas. A questão não somente ter disponibilidade de dinheiro, mas é necessária uma  estratégia para animar e conquistar o outro!
·         Poder de colar para o ensino básico e para o superior de ensino,  começarmos a desenhar esta propostas. Percebemos que não só tínhamos um conceito permanente, articulado, continuados para o sistema de ensino, mas tínhamos o movimento inverso também acontecendo, ou seja territórios com experiências já concretas e virtuosas, indo muito além do campo teórico.
·         A Escola Vila Esperança... já vive a ideia de escola sustentável, com um projeto forte de valorizar o que tem mais passos,  começando pelo tema da diversidade. Temos também a experiência de Itajaí em Santa Catarina – Joinville. Não só era uma indução, mas a proposta estava no território, já haviam movimentos em diversos países na mesma direção : Escola do Bom Viver.... da Cultura Indígena, temos o desafio de pensar  numa proposta mais regional.
·         Espaços Educadores sustentáveis que é capaz de dar sentido a uma proposta com uma forte identidade de língua, cultura, direitos humanos, tecnologia e direitos humanos, que nos permita construir escolas sustentáveis para mudar o mundo.


Michele Jaber - UFMT

Calos Drummond de Andrade – Poema:   A Flor e a Náusea (http://blogdoporto.com.br/2013/05/a-flor-e-a-nausea-carlos-drummond-de-andrade/)

Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema
resolvido, sequer colocado.

A EA no é tão bela quanto gostaríamos, nem é tão forte quanto deveria ...

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DEBATE

  • Aproximação de EA com direitos humanos tem tudo a ver, mas como se faz esta aproximação? Na consulta pública , como aproximar os componentes curriculares.
  • Jaqueline: já há muitas ações que estão dando certo : Rede de EA da primeira infância, no VI Fórum em 2009 e RECEA- Rede Capixaba -  grupo dinamizador no RJ, elaboração de materiais da REASUL.  Captação de recursos para elaborar materiais pedagógicos para a primeira infância.
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  • Suzana Itajaí, Santa Catarina: Que alegria saber  do numero descolas com a conferencias, mas  os numero no estariam atrelados ao fato de ter sido divulgado que a participação estava vinculada ao acesso ao PDEE? O que chegou a escola é que, quem não participa da conferência no tem acesso ao $$$$.  Como processo, sem tempo suficiente  para termos protagonismo juvenil.. Ou seja há uma contraponto entre $$$$ relacionado a conferência X garantia de qualidade do produto esperado.
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  • Como nos aproximar das outras áreas de conhecimento, precisamos sair da borda e ir para o centro, a cultura de borda precisa ser cultura hegemônica. Na  África não se consegue ver desenvolvimento sem olhar o todo indígena.  Boff aponta que se chegou aqui e não se deu trabalho nem de entender o sentido da linguagem local, por exemplo a Hidrelétrica ITAOCA – significado: “pedra podre”, a mesma forma com o aeroporto de Cumbica – significa “terra da nevoa”... nada ideal para um aeroporto...
  • Segundo Vitor Hugo: “não existe ideia mais forte do que aquela em que o tempo chegou”! A flor está nascendo, não se vê, mas está lá! Precisamos fazer uma autocrítica, já estamos há tanto tempo com este compromisso, com relação a África... Como temos que aprender a sermos humildes... Temos a ilusão de separação, quando estes povos sabem da unidade UBUNTU que permeia o modo de viver em comunidade de vários povos neste continente (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ubuntu_(ideologia), onde o que vale é o “somos, porque somos um” ... ou seja reconhecer a unidade. Será que somos ambientalmente conscientes e os outros “tem” que ser conscientizados, por nós? Para dialogar temos que nos despir de nossa bagagem e construir com o outro outra coisa. Ser incerto da medo, mas estamos no momento de soltarmos-nos de nossas certezas ou incertezas  e construir junto para chegar num outro lugar,  mesmo que tenhamos medo de no saber o que é.
  • Somos um o capitalista vendendo água... e outro de mim.... sou eu... somos capazes de reconhecer isso....somos um, como lidar com nossa complexidade interna! Somente aí conseguiremos trazer outras PESSOAS!
  • ...3% da população é forte para estar aqui….reconhecendo o esforço de cada um , o compromisso de cada um… questionar se temos somente este método e formato… Vamos nos divertir juntos,  porque e assim que muda o mundo. Vamos propor jogar com os 700 delegados, desafios divertidos, fazer algo diferente e muito legal. Edgar Gouveia Jr. Play The Call (http://www.pagina22.com.br/index.php/2012/02/a-terra-como-tabuleiro/ )
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  • Fátima  Almeida– ASPEA -  Portugal - Vinha com curiosidade e apetência... para conhecer mais de perto as escolas sustentáveis. Concordamos numa  EA pautada na documento da Carta da Terra, também que a Tecnologia ...utopia do desenvolvimento, tem apenas criado um enorme numero de desempregados... como conciliar isto com o repensar do mundo... cuidado com a valorização da tecnologia quando ela não é bem entendida.
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  • Direitos humanos muito antropocêntricos... temos que dialogar com direitos humanos, no se inserir simplesmente , na 3ª geração todas as formas de vida estariam incluídas, ( os transgênicos no deveriam), tal vez seria necessário criar uma 4 geração. A Conferencia sempre foi um pretexto pedagógico para que estes temas entrem nas escolas. Mesmo com este vínculo de $$$ não perder a dimensão de que a Conferência era a única forma de no perder o dialogo com a escola e levar estes temas tão contemporâneos nas escolas, como discriminação, diversidade, etc, discutir documentos  como a Declaração de Durban (http://www.comitepaz.org.br/durban_1.htm) , etc. Ou seja, não como um evento mas como um processo pedagógico nas escolas.
  • Provocação de fazer com as comunidades uma EA que além de ser crítica, seja construída não “para”,  mas “com” as pessoas, numa definição mais radical de participação que não é somente aparecer nas coisas, mas dividir e partilhar o poder, criar e propiciar espaços de locução. Isto incumbe ao Estado porque é onde acontecem diálogos , mas não num discurso que silencie o outro, mas num  diálogo para encontrarmos juntos novos caminhos civilizatórios.
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  • Mônica Simons – Guarulhos, SP – Prefeitura de Guarulhos - Todas estas questões se conversam e interligam e fica claro para todos e todas quanto a necessidade de um forte movimento de sensibilização e mobilização , mas isto tem que passar a ser um compromisso de ordem pessoal de cada um dos que estamos nesta sala tanto na sua dinâmica de relacionamento pessoal quanto profissional. Quantos somos os que estamos esta sala imbuídos deste novo movimento transformador, comparado com as centenas de milhares de pessoas que “nem sabem que existem, que dirá que tem direitos? Esta sensibilização com primeiro objetivo da educação ambiental , para somente depois poder chegar ao conhecimento, responsabilidade, competência e cidadania, precisa ser feito com amorosidade. Este seria o 5º elemento que poderia se somar aos quatro que o Zé tão bem apontou.
  • Michele – GPEA/UFMT – Os Direitos Humanos foram tema de abordagem no Fórum Estadual em MT, onde conseguimos mudar o nome e o teor da discussão e concepção e nos relatórios, passou-se a falar sobre Fórum Estadual de Direitos Humanos e da Terra, e os movimentos conseguiram ver esta relação, que é uma luta só! Isso hoje já caminha muito bem no fórum.
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  • José Vicente: A Rio+20 trouxe novo desafio... um novo chavão, o das economias verdes o que nos remete a nos perguntarmos se temos que a  passar fazer EA para economias verdes? Educação para DS? Precisamos um outro conceito ou paradigma, como articular Direitos humanos e EA, o próprio direito a educação, e mais sadio falar sobre Direitos Humanos. Inicialmente parecia que havia um corte mas, hoje percebemos que é possível dialogar com outros direitos, sim.
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  • Jacqueline... Falando desde a sociedade civil, mesmo sabendo que no há como discutir isto neste momento, mas creio que temos que deixar  registrado que sentimos que a IV Conferência de Meio Ambiente está diferente das anteriores, por estarmos num momento político de deslegitimação! As Redes em foram convidadas. É uma  conjuntura política de recrudescimento de autoritarismo e centralização.
  • Os Professores reclamam que não atuam...houve um sequestro das secretarias numa política do atual governo de deslegitimação das falas da sociedade civil, fragilização dos conselhos, este é o pano de fundo da atual cultura política nacional.
  • Isto nos remete a esta questão do construir “com”, a como ouvir e inserir as demandas dos movimentos sociais e ambientais.
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  • Zé Vicente – Os Movimentos precisam ter a oportunidade de dizer sem medo de ser feliz... boa parte destas manifestações são fruto de um recuo significativo frente a CF de 88. As ultimas duas gestões buscou fazer valer o controle  e participação social, mas pouca gente sabe que poderia dar uma dimensão diferente do que veio antes.
  • Há um recuo na articulação dos conselhos, os fóruns encolhem, os recursos encolhem. Nós, enquanto sociedade civil temos que voltar a cobrar a recuperação destes espaços. No Ministério de Educação estamos fazendo esforço para que estes programas se desenvolvam. Tem que ter a capacidade de ser acolhidos pelo “chão” da escola.
  •  Programa de EA do ministério é um programa construído com milhares de escolas e é necessário que sejam dadas condições para que se tenham sistemas de ensino com políticas municipais de EA,  para que seja pactuado com todas as instancias de governo, para deixar um legado. As vezes por questões estratégicas se recua um pouco sim, mas para avançar mais ainda.
  • Conseguir 100 milhões de reais para as escolas não foi fácil, mas se conseguirmos fazer algo concreto, isto pode servir como argumento, apostar no programa e solicitar mais recursos.
  • Precisamos agradecer muito e a Michele.
  • Estamos frente a este novo desafio das “Economias Verdes” ... pensar neste  trocadilho: conforme a ação das pessoas do hemisfério norte “o sol nasce para todos, mas a sombra é para poucos”. O Tratado com seus princípios aponta a como levar a sombra para todos, com este chapéu de trocas de partilhas. Este é o nosso maior desafio como fazer que a sombra seja  para tod@s. Este momento , este espaço de convivência é também um sopro de esperança para todos....

M. Simons: fórum da redeluso
  •         Michele – fazendo uma memória sobre todos os processos, percebemos que o outro que nem sempre é um amigo. Ele pode ser por exemplo pode ser o cara da FAMATO – Federação Agropecuária do Mato Grosso, envolvidos no assassinato de indígenas, como ponto crucial de direitos humanos, ou seja cabe também questionar se vamos respeitar sempre o diferente que deve ser muito bem identificado do que entendemos como o “agressor e a opressor”! A arena de luta aqui no é fácil... MT é o epicentro do ruralismo.
  • Entendermos que estamos perante o “Dilema Tardio de Platão”,  entre o uno e o múltiplo , somos diversos... somos coloridos e nem sempre se consegue dialogar. Cada um tem um campo de micro poder ( Foucault). Temos conflitos intensos então e nem sempre é fácil enfrentá-los. O GPEA – Grupo de Pesquisas em Educação Ambiental assume esta trajetória, frente a este caos. Instalar um grande guarda chuva para fazer sobras para todos.
  • Empoderar o II Congresso Lusófono ou  fazer o I Encontro das Escolas Sustentáveis foi uma decisão difícil. Para o MEC era mais fácil e até necessário  fazer evento deles mas optou por querer empoderar o lusófono. o MEC no se esquivou de ajudar, muito pelo contrário, foi um gesto amoroso destinando os pouco recursos que tinha para este evento e ao  cancelar o outro pondo a cara a tapa por favorecer o Lusófono.
  • Podemos escrever um manifesto que o 2º Congresso Lusófono de EA,  também apoia e que o Programa Escolas Sustentáveis tem que acontecer como prioridade e sem cortes bruscos de dinheiro , sob risco de  comprometer toda a política pública do Brasil.
  • Na Rio+20, 50.000 pessoas se recusaram a assinar o documento da ONU, a questão ambiental esta enfraquecida no somente aqui mas no mundo inteiro, se no gritarmos e no fizermos o controle social participativo, deixaremos  de demarcar o território. Precisamos fazer o manifesto e fortalecer a EA em todos os níveis.
  • Gratidão para o GPEA.
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  • Zé Vicente - Com dificuldades, mas o evento aconteceu. Precisamos amarrar o Programa de Escolas Sustentáveis, a um Decreto para no estar sujeito a boa vontade de quem  estiver no poder do governo.
  • Precisamos apoio e manifestação de toda a sociedade para este Programa.  Deixar em claro que esta proposta esta sendo referendada pela própria sociedade. Precisamos ouvir todos.
  • Síntese do que fundamenta a nossa proposta para poder dialogar e ir qualificando esta ideia geral:
a)      não estamos inventando nada novo, só podemos dar uma olhada para toda a história para encontrar algum elemento a partir do que poderíamos instituir uma ação de política publica: que alcançasse todo o território e todos os atores envolvidos , todos os níveis e modalidades de ensino; que esta ideia não se constitua como ação pontual ou política “deste governo”,  mas fazer amarração para que a política seja de Estado ou seja  para todos  e que esta ideia ou conceito pudesse nos permitir também conversar com o ensino formal mas também com outros âmbitos de governo,  por fazer conjunto de políticas públicas que como proposta basilar propõe que o conteúdo este na matriz curricular das escolas. Por exemplo: política nacional de resíduos sólidos, a de defesa civil, etc., ou seja ter um programa capaz de dialogar com estas questões na escola.
b)      Precisamos de um programa que possa existir a médio e longo prazo, enquanto conceito, eixo estruturante, com linhas de ação e garantias de que este programa pudesse ser executado nas escolas. Conquistamos a base legal através da PNEA Política Nacional de EA (http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/lei9795.pdf) e a partir de 2012, aprovação de Diretrizes Curriculares Nacionais para EA (http://conferenciainfanto.mec.gov.br/images/pdf/diretrizes.pdf) , argumento legal que garante a concepção e execução de este programa. Daí veio a concepção de juntar tudo isto numa proposta única: transformar o conceito de Escolas Sustentáveis num programa e adotamos o conceito básico fundamental: Escola Sustentável na ideia de que é aquela escola que no seu fazer pedagógico educativo cotidiano se esforça na promoção da cultura da sustentabilidade e para nós este conceito se materializa com o trabalho em 3 dimensões:
1.       pensar seus espaços físicos que acolham os indicadores de sustentabilidade
2.       gestão sustentável, que  busca garantir o  diálogo coletivo
3.       pensar e repensa o currículo,  na medida em que tenha um currículo que inclua e acolha o debate sobre a sustentabilidade
  • outra questão importante: o conceito geral e as dimensões só fazem sentido se considerar as particularidades do lugar onde o Programa esta inserido... trazer o lugar e a cultura e suas particularidade .
  • Este cenário conceitual básico, precisa de uma base para execução:  o que implica  no compromisso de governo considerando:
a)      Fluxos de financiamento para que as escolas possa animar estes processo...PDDE é temático e esta previsto a cada ano dobrar o recurso partindo de 100, mil 2013 e já garantido para 2014
b)      Resgatar  o artigo 18 para financiamento publico para EA , começando uma ação parlamentar junto com DEAA do MMA. Estas  propostas já estão circulando na Câmara ( Sarney Filho e outros deputados).
c)       O programa só funcionará se conseguirmos articular as diferentes instancias de governo o que implica em  pactuações com sistemas estaduais e municipais num diálogo apoiado por Secretaria de Articulação institucional para não cortar o processo.
d)      Ajudar a dar concretude, como o exemplo da Univ. Federal de Ouro Preto ou a UFMTS , o que garante o investimento  na formação continuada dos profissionais,  multiplicando no pais como um todo.
e)      Este é o cenário para qualificar e ampliar esta proposta e para validar esta proposta junto a todos os atores.


2ª Mesa da Manhã - ESCOLAS SUSTENTÁVEIS

JaquelinePrecisamos conhecer melhor esta realidade, saber o que esta sendo feito:
·         Diagnóstico: para termos uma discussão aprofundada precisamos dele. Como sugestão fazer levantamentos de dados da realidade. Esta proposta dialoga a todo instante com as COMVIDAS, com Agenda 21 na Escola, sendo necessários dados quali e quantitativos sobre o efeito das ComVidas, No Rio de Janeiro temos Grêmios Ambientais instituídos nas escolas. É necessário fazer um diagnóstico sobre eles.
·         Fazer articulação com as universidades, diagnósticos com as redes. As redes teme estes dados.
·         REBEA a partir de 3 redes  mapear o que esta acontecendo de Escolas Sustentáveis no país. Hoje participam também ONGS e pequenas Empresas de Consultoria que são contratadas por conta da necessidade das empresas cumprirem com RSC – Responsabilidade Social Corporativa . No Paraná há uma  Rede de Escolas sustentáveis. Há um portal da Redes Sociais, na necessidade destas empresas incluir isto nos seus balanços anuais. Levantar isto.  que tipo de ação é esta? Ações de licenciamento ambiental que tenham como desdobramento a formação de escolas sustentáveis em mais de 30  municípios ( Empresa chinesa por conta de demandas ambientais)
·         Constituir Políticas Municipais de Escolas Sustentáveis... fazer que os municípios elaborem suas próprias políticas. Que o Poder publico, a pesar da conjuntura perversa, passe a dialogar mais com as redes para trazer dados, e para fortalecer as políticas independendo de quem esteja no poder.
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Guerra
  • ( num sentido simbólico) Devemos Usar a caixa de ferramentas, da geologia, da arqueologia para resgatar a história do que aconteceu na EA....Antes da regulamentação da  PNEA, edital para fortalecer as 5 redes de EA , incluindo a REBEA.
  • O Único programa de Pós Graduação em EA é o da Univale.  Constitui-se a REASUL, nestas ondas de vai e vem estamos na maré alta neste evento,   mas acho  que nosso foco é o órgãos gestor, as universidades, as redes e não outros.
  • Em virtude das Diretrizes Curriculares Nacionais agora e mandamento, tem que se tornar espaços educadores, mas precisamos divulgar isto em todas as instancias. Deve haver vontade política da gestão das escolas e ampla divulgação.
  •  O aspecto Epistemológico não pode ser esquecido.  Precisamos contar com parceiros também no processo e não somente na execução, tendo a humildade de reconhecermos que estarmos sempre amadurecendo e aprendendo, assim como a coragem de se assumir na fragilidade e as dificuldades.
  • Precisamos dar resposta do lusófono. Quanto mais damos voz ao que aconteceu, mais transparência e mais força também teremos.
  • Não da para falar no programa sem falar na legitimidade de quem faz acontecer na ponta, como é fazer a conferência lá na escola, como fazer  oficinas da conferencia. Garantir de ter acesso não somente no fim mas também no meio dos processos.
  • Analisar o quanto a 4ª Conferência Infanto Juvenil e vital até para avaliar este programa. Nas etapas posteriores a COE se compromete a realizar as regionais com base nas bacias. Todas as etapas são importantes para uma Política Pública. Mas é importante reconhecer que as etapas da escola é vital , a alma do processo.
  • A historia do recurso chegar junto é bom.... mas ele gerou uma confusão de interesses uma vez que as escolas achavam que o dinheiro  vinha para fazer a conferência, outras escolas.... querem saber se ao fazer a conferência da escola terá garantia de verba  daí para frente, ou seja há ruídos na conferencia e na adesão a conferência pela esperança do PDDE temático, quando nem dão conta do PDEE tradicional
  • Isto não esta sendo colocado como critica.... temos que entender estes tempos e o nível de compreensão de como os processos se dão.
  • SP hoje tem um prefeito que foi ministro de Educação ( Marina e Haddad), e achávamos que SP ia ser referência para fazer com comprometimento e não somente como compromisso. Que a rede inteira receberia estas informações e nada disto aconteceu. Não houve apoio. As brigas políticas partidárias continuam nos separando, precisamos mais gente na luta política.
  • Por que este incomodo com a EA?  Porque ela abala os paradigmas e leva a repensar o estado de estar no mundo, é por isso que o sistema não quer acolher e fortalecer isto, porque é uma questão de transformação... somos aliados, vem de encontro com nossos anseios.
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  • Os Coletivos Jovens estão fora da Conferencia. Não há nenhum recurso para esta participação. Denunciar como o poder publico esta contra o protagonismo, e não podemos  esquecer que esta molecada vai sair da escola, como difusor e fortalecedor  ... cidadania ativa cair pela no participação do CJ

  • Este texto precisa ser analisado e repensado, pensar que queremos ser parte mesmo, com foco em direitos humanos....olhar humano em detrimento do todo... como no cair nisto na organizador da Cúpula dos povos, onde se teve uma divisão dos movimentos ambientalistas X movimentos sociais ( CUT, Via campesina, etc....) Repensar como incluir a terra em que vivemos e a terra planetária que somos para mais a frente não cair na arapuca do ser humano sentindo-se centro de tudo.
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Rachel,
  • Relação da política, as redes podem ser muito fortes na continuidade e permanência, na difusão, na polinização no é somente semear sementes. A sociedade é uma base de sustentação que pode alcançar as ideias.
  • O Documento das Diretrizes curriculares serão letra morta se no conseguirmos que as práticas reflitam e deem uma base epistemológica para fortalecer nossas ações.
  • Precisamos mesclar as diretrizes ao olhar da sociedade civil como mantenedora de valores básicos que as vezes escapolem no político.
  • No próprio PDDE ter a ideia utópica do que é o conceito de Escola Sustentáveis, mas conversando com Joaquim, percebe-se que há um conceito de transição de escolas e universidades. Precisamos construir documentos junto com a sociedade civil a partir do local. É muito importante para que as escolas se vejam nesta transição e que possam construir as escolas sustentáveis desde  toda a base, currículo, espaços, gestão.
  • Junto com recursos, construir esta transição que somente pode ser a partir do olhar das bases, junto com a sociedade civil.
  • O segundo ponto, é construir os indicadores, no como a sustentabilidade ajuda a melhorar a escola? Na escola e com a escola contribui  esta sustentabilidade... Encontrar indicadores que sejam de transição desde o mais básico até chegar ao ponto de sociedade sustentáveis.
  • É uma grande ideia a de fazer um Fórum de Escolas Sustentáveis convidando múltiplos olhares para construir esta transição e estes indicadores, mas por outro lado, esta conversa fruto do cancelamento do evento pode nos ajudar a melhorar esta proposta , com base me tudo que discutimos o que poderá qualificar o futuro evento.
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  • É necessário dar as condições básicas e a articulação entre todas as instancias publicas.
  • No nosso pais somente termos a lei não basta, precisamos ver como  chegar a todos os níveis municipal, estadual e  federal.  O abismo entre lei e prática ainda é muito grande.
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Zé Vicente
  • Deveria vir da cultura o pedir licença e agradecer.
  • O Exercício do acolher, a transparência, a coragem de reconhecer, o sermos solidários, o de ter compaixão. É isto o que nos diferencia.
  • Estamos exercitando um aprender, uma leitura do mundo no qual estamos trabalhando. Entendemos a conjuntura. Somos solidários e faremos comentários construtivos para consolidar o processo. Queremos sentar junto mesmo, até tendo acesso a reflexão, precisamos curso de formação de professores. E de outros profissionais e pessoas da comunidade. Exige que o que foi gestado seja compartilhado.
  • Uma das propostas do encontro seria fazer dentro um encontro de discussão sobre e nosso  limites com redes, e outras instituições, para participar neste processo da construção da Política Nacional.
  • Há um acúmulo de conhecimentos e de consensos que no se consolidará se no trabalharmos mais nas redes. O MEC tem que se apropriar. Não queremos somente pão, somos orgânicos. A discussão conceitual precisa ser também feita com todos, solidários , comprometidos para expandir muito este processo. Sonho que se sonha só e somente um  sonho, sonho que sonha  juntos é realidade.
  • Fazer esta discussão dentro do espaço lusófono por riquezas extraordinárias e semelhantes, pelo seu histórico de superação conjunta. Precisamos buscar  formas de caminhada para fazê-la  de forma conjunta.
  • PDDE ele criou um impacto positivo, mas como balcão na forma que esta sendo pensado no dará resultados. Hoje temos Secretários de Educação querendo fazer o curso somente porque quer ter o acesso ao PDDE e as escolas que já estão fazendo algo no foram contempladas. As REDES podem ser muito úteis até para detectar que escolas já estão fazendo algo voltado a sustentabilidade.
  • O documento precisa ser discutido com as escolas, que a revisão do material e o processo formativo cumpra seu papel como grão de areia na Política Nacional.
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Sabrina – Rio Grade do Sul

  • A participação dos Coletivos Jovens  para preparação da Conferência é estratégico neste processo, e no entanto não há quase nenhum apoio... ou seja no se consegue acessar o recurso.
  • As pessoas em volta se animam. O CJ junto está fazendo as coisas e está acontecendo. A escola não se mobiliza, sendo que  no Jovem educa Jovem, uma geração aprende com a outra.
  • Primeiro acerto, foi constituir as  COMVIDAS ou Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na escola ... é ela que agiliza a conferência. Então a escola que queira fazer a conferência tem que ter uma COMVIDA com condição de participação.
  • Agenda 21 escolar, municípios que construíram com a gente indicadores de sustentabilidade na escola ( não foram contemplados, com o PDDE!!!).
  • Pensar escola sustentável, já estamos com indicadores, temos propostas e definir as prioridades junto com a comunidade. Nas COE há o enfraquecimento da participação e nas propostas e não abrem a CJ para fazer as conferencias regionais.
  • É necessário enxergar o CJ no espaço pensando também numa participação que seja dentro dos princípios da conferência, mas a Secretaria de Educação  não abrem mão!
  • Precisa também que seja repensada a proposta do CJ na Universidade sustentável, ou seja instituir COMVIDAS entrando também dentro da universidade.
  • Mais importante  do que acontece na escola é também pensar nas Comissões Regionais, Oficinas descentralizadas ( já foram realizadas 21 oficinas preparatórias apresentando  a Metodologia do passo a passo da conferencia. Mesmo assim, percebemos a necessidade de se ter a formação para o que sejam as Escolas Sustentáveis / bem como a do PDDE , Programa Dinheiro Direto na Escola Temático. Processos formadores em Parceria.
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Respostas
Tereza :

  • Todo o processo de PDDE, tem sido uma corrida de obstáculos, e se conseguimos alguma coisa até agora foi através da política de “cunha” tentando abrir espaços.
  • Hoje estamos num movimento de diálogo para entrar na corrente sanguínea do MEC, uma vez que é o terceiro maior orçamento do Governo.
  • Lidar com o TCU – Tribunal de Contas da União... é muito difícil, por lidarmos o tempo todo com Os TR - Termos de Referencias,  etc. Estamos o tempo todo como Dom Quixotes com os  Moinhos de Vento. Não é fácil.
  • Podemos entender este momento como o de um refluxo (movimento da maré) mas é um avanço também  por estarmos a  falar com os técnicos para dentro.
  • Diálogo com o Programa mais Educação, num ensino meio inovador, estabelecendo redes de relacionamentos., etc. Trata-se de um processo formativo de  grande potencia mas ainda tímido na abrangência.
  • O maior esforço é para entrar no coração do sistema, para trabalhar com intencionalidades que já existem no MEC , com gente que ainda no aderiu.  As Diretrizes de EA e outras temáticas, como PDDE , Acessibilidade, Mais Educação... que potencializam a ação das escolas. Estamos falando de Qualidade de Vida nas escolas, onde  tudo pode convergir e confluir.
  • Há muito mais recursos que pode ser mobilizados dependendo de dialogar e mostrar a cara. Corremos riscos no entanto porque pode ser entendido como ameaça. Há uma potencialidade se fazemos um discurso único e numa mesma direção.
  • Temos um trabalho grande e muitos setores no vem isto com bons olhos! Este 2º Congresso é um momento muito importante, fazer o melhor possível e executar na medida que pudermos para chegar ao final do governo Dilma, pensando que as redes são Movimentos importantíssimos.
  • Há muitas coisas inovadores acontecendo ( índios, quilombolas, arte, ) etc...
  • Temos o dever de trabalhar as Diretrizes Curriculares para que quando os pacotes do governo caiam como pacotes de pára-quedas, possamos manter firmemente a coerência de nossa argumentação, fruto da efervescência  que foi gerada nos últimos anos.
  • Mais do que nunca precisamos ter inteligência coletiva,  para que isto chegue integralmente na escola para ver como podemos “viver bem”... considerando a autonomia da escola em decidir seu próprio caminho.
  • Fazer este percurso pela porta que ela quiser, a EA no pode ser prescritiva, dar elementos  para que ela saiba como fazer este processo. 
  • O PDDE, o  INEP tem senso frio. O MEC não esta nos territórios. Mexer com $$$ não é fácil... o recurso tem que ir para quem já esta pensando com EA e já pensando em questão. Tem que se ler o PDDE das escolas sustentáveis pra entender melhor o como destinar pós recursos.
  • Os CJ estão considerados no PDDE , uma vez que agora se pode pagar pessoa física, o que tal vez falte é o conhecimento profundo do funcionamento deste recurso. MEC da condições mas a negociação é na ponta e também é necessário contextualizar a condição do CJ que tem alguns lugares em que são parceiros
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Zé Vicente

  • É necessário Planejar melhor frente a concomitância entre  confusão X decisão. Diferenciar uma ação que mobiliza e a outra que  financia Escoas Sustentáveis.
  • Precisamos ampliar a formação continuada e investir na inicial mas enfrentamos dois problemas e o fluxo... é complicado. A demanda começa na escola e o MEC  tem que negociar as vagas.
  • Outro problema são as universidades : os recursos da matriz orçamentária em 33 universidades para que a apresentem sua proposta de formação continuada em 2013 somente 12 apresentaram propostas. Então o diálogo é necessário se o $$$ vai para qualquer outra coisa como pagar luz e água e não para formação continuada!!!!!!
  • Há um edital de Extensão que tem uma linha específica para educação socioambiental e são raríssimos os casos de universidades que acessam este recurso em  2013
  • São 75 milhões de subsidio para as linhas voltadas para escola sustentável,  formação continuada ou extensão.
  • No dialogo e conversas feitas com as SEDUCs em apoio aos CJ já soltamos a carta atestando a competência do Coletivo Jovem, criando mecanismos para o pagamentos do CJ, fortalecendo o protagonismo juvenil,  cabe agora ao CJ ocupar estes espaços.
  • Acolher uma demanda histórica que é o Programa Nacional de Juventude, cabe não somente ao CJ,  mas as juventudes o dever de ocupar este espaço e demandar recursos , não como favor mas como direito. REJUMA
  • Estamos assumindo o compromisso de lutar para este espaço específico sobre o desenho , eixos e estratégias do programa sustentável ( organismos internacionais apoiadores ), na firme convicção de aderir ao que esta acontecendo nos territórios e nas escolas para criar um tecido único.
  • Podem enviar criticas e sugestões para : ea@mec.gov.br

MESAS DA TARDE

Araceli Serantes
  • Redes.. o que queremos pescar? Dependendo do foco utilizaremos redes diferentes;
  • Onde  soltamos as redes? Se não houve camarão, mesmo que lancemos as redes  nada pescaremos, temos que ser proprietários ( vínculos de pertencimento)  para usa-las e cabe perguntar quem as mantém?
  • Onde as levamos? Isto é decisão  de quem  estiver na liderança?  Para que as redes funcionem , quem vai  liderar?
  • Que redes há em Latino-américa? Quem as promove,  desde eventos nacionais ou internacionais? São formadas por indivíduos e  por coletivos: ONGs, ou o redes como entidades públicas ou supranacionais. Há redes de um só país que coordenam vários estados. Sob  liderança do país , ou instituição ou grupo de países.
  • Há redes com foco em escolas, de Pesquisas , ao redor de um programa, para formação de pessoas com necessidades comuns.
  • Redes que nascem para coordenar-se como coletivos ou como ação frente a determinado problema.
  • Em Latino-américa existe variedade de redes e uma muito importante é a de EA ,  que em algum momento poderia ser um sócio com quem compartir experiências.

Uma experiência: nasce no 1º Congresso de EA dos países  lusófono, com uma EA para conservação de espaços  naturais protegidos o que apontou para a necessidade de formação de pessoas.  Em  geral os responsáveis se auto-formaram e tem problemas para a gestão de seus espaços  = o que levou a consolidação de um Curso de Capacitação para gestores de Cabo Verde, Timor, Moçambique com formação igual para ter um ponto em comum de começo e a elaboração de um Manual para gestão de espaços naturais protegidos.

Um modelo:  CENEAM – http://www.magrama.gob.es/es/ceneam/  14 grupos de trabalho em forma conjunta com foco específico, de caráter anual. Funciona por ter objetivos e agendas a cumprir anualmente com metas definidas,  por isso funciona. Porque tem alguém que coordena, uma estrutura, por ter periodicidade de encontros, por ter financiamento inicial e  por existirem  livros e pesquisas.

Uma proposta: é possível criar uma rede de equipamentos. Ha estratégias de EA em comunidades autónomas e associações que trabalham  em comunidades autônomas com interlocutores. Para que exista uma rede lusófona de EA – é necessário definir o  foco. Quem pode participar: individual, representando coletivos, ou entidades, sendo necessário definir quem lidera, com que meios, se haverá uma sede sempre no mesmo lugar ou que rodizie.
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Fatima Almeida – ASPEA

  • É necessário Pensar quem é o pescador?
  • Apresentamos uma Proposta de trabalho com base num tema: nos rios e aguas potáveis, como oportunidade de cobrar através de um projeto, enquanto uma proposta como esboço para ser elaborada em conjunto.
  • Este Projeto é da Cataluña , na Espanha desde 1997: “Projeto Rius”
  • É um projeto de sucesso : de 2005 a 2012 =  150 Km  de  rios adotados,  20mil pessoas,  600 professores e vários prêmios.
  • Outros exemplos: Projeto “Floresta para todos e todos pela Floresta”; Projeto PROMORIVER.
  • Na essência o projeto prevê: adotar 500 metros de rio e que os grupos cuidem do estado pelo menos 2 vezes ao ano desenvolvendo  atividades de conservação, observação de patrimônios.
  • Precisamos nos descolonizar mentalmente para sair de nossas  próprias prisões para darmos a contribuição, como na história do “Beija-flor que em conjunto deixam de ser pequenos. Trabalhar com base em Projetos Conjuntos é o segredo para chegar mais longe.
  •  

Guerra

  • Os discursos homogeneizantes incomodam.
  • Nos ouvimos com muita paixão o conceito do território... quando todos estamos no mesmo território... além das comunidade lusófona, das redes, todos somos ocupantes do mesmo território terra como fios do universo.
  • A extinção é normal mas não na velocidade em que acontece nos últimos anos. Por exemplo o Solo é exportado como comodities junto com a soja.
  • Por outro lado nossa espécie também encontra-se em situação de risco; Morin afirma que deveríamos modificar a classificação de homo sapiens sapiens  ( homem da razão) para o de  homo sapiens demens  (mas também da loucura), para além dos discursos sobre bem e mal , sobre a sustentabilidade. Hoje há a  banalização do conceito de sustentabilidade ( Vale do Rio Doce,  hoje é somente Vale  porque o rio já era...).
  • Nos perguntamos sobre a problemática em que estamos, o que queremos, o que devemos, e sobre o que pode ser feito ( Mario Sergio  Cortella),  deve pautar a ética de nossa vida e acrescentamos o que precisa ser feito ... pensando em quando as crianças crescerem. Não,  os jovens e as crianças já estão preocupados com a herança maldita que lhes deixamos.
  • Quando o professor se entende como educador  ele deveria perguntar a favor de quem e contra quem estamos educando.
  • Devemos descolonizar nosso pensamento e aumentar o nosso território, articular ações com outras redes internacionais, rever os programas nacionais, as universidades em rede.
  • Não passar adiante o pensamento linear da EA, mas assumir a diversidade das pessoas, definir quais os nossos compromissos desde o nossos  locus de ação.

Jacqueline
  • A partir das tenções da REBEA, temos um mapa da REBEA hoje. A identidade ao longo do tempo, ela nasce a partir da adesão ao Tratado.  As Redes no Brasil, formataram seus acordos de convivência.
  • Na gestão anterior  a da Patricia Mousinho....construímos a não identidade , e em 2009 no VI Fórum construímos o que  queríamos ser. A partir da Carta da Praia Vermelha construímos o que nos somos e queremos ser ( caminho e eixos),  luta pela justiça ambiental e social, pela biodiversidade. Há um  rol de caminhos e eixos que agora estão claros para nós.
  • Há uma Facilitação Nacional –como decisão de todas as redes e cabe ao Colegiado Nacional – executar.
  • A REBEA esta composta por 60 redes territoriais.
  • A REBEA é uma rede de redes, e por tanto  um processo muito rico,  mas a uma  complexidade muito grande para decisões.
  • Há também as redes temáticas. Encontros da REBEA especialmente no VII Fórum Brasileiro e na Cúpula dos Povos.
  • Na construção da identidade da Rede... de que lado e contra quem estamos ? Uma coisa somos: estar a fim da diversidade , mas outra coisa e ter que aceitar o opressor...Entre o  Fórum e Rio teríamos muito  tempo.  Mas os movimentos da Autonomia dos povos, e da  luta pela soberania dos povos, tirou o foco da  EA na Cúpula dos Povos e por isso no entrou no documento oficial.
  • Identidade politica quando construída tem que ser abraçada por todos os enredados... na REBEA fracassamos quando a identidade politica no foi abraçada por todos os enredados.
  • A REBEA a partir de suas redes está influindo em politicas publicas, Também temos enredados como pessoa física, como GT EA do FBOMS.
  • É vital a formação para o trabalho em rede, no caso do Brasil temos somente democracia representativa faz muito pouco tempo... então isto é vital para que seja pensado pela Rede de EA DOS PAÍSES Lusófonos.
  • Qual é a história da Rede Lusófona? Para acolher os novos membros ela deve ser  revivida e reatualizada sempre porque se não a memoria se perde e as memorias construídas são deturpadas então é vital a análise da  conjuntura porque se não podemos definir ações que não darão certo.
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Patricia Mousinho

  • Falar de redes sim, mas de fato pensando nas “descolonialidades”.
  • O mergulho que fiz, embora superficial, me deu gosto de quero mais... houve muita consonância com pontos que  já vinha elencando e com uma fala, relações interpessoais, eu e do outro sem que esse eu seja eu... preciso conhecer e reconhecer quem sou eu...
  •  Nada mais adequado que fazer este reconhecimento e refletir sobre que pontos temos que ter em mente ao pensar nos propósitos e contornos desta Rede dos países Lusófonos , como,   para que e por que?. Se ela será aberta ou  fechada, para isto ou para aquilo outro.
  • Fatos bons ou ruins como a vida, temos hoje maturidade como Redes para enxergar  como ´é que pode funcionar esta rede luso, que sentido ela faz... porque? Como? Faz sentido só ou em grupo com todos juntos.
  • Termos coragem frente a mania de perfeccionismo.  Uma vez no  Congresso do Pan Amazônico... ( Guerra e Gurreiro.  Patricia na guerra mas tentando viver em paz) Michele se  inspirou numa frase de um verso de uma musica : Tulipa Ruiz (http://www.youtube.com/watch?v=dko6xk8HDxA&list=PLC32AB696187C799C) , “Dá vontade de fazer de novo outra vez na expectativa de que o inesquecível aconteça. Na confiança de que o imprevisível permaneça .
  • Há  7 anos que no participo de nada... é tentar de novo... somos humanos e dessa forma que precisamos nos colocar diante das situações,  chega dos esquemas e dos mecanicismos... estamos falando de relações entre pessoas , se no consigo me relacionar minimamente com os outros como posso avançar? É necessário  ter este cuidado, carinho , atenção, o amor a próximo... mas é isso de coração, se no tenho esta atenção não teremos capacidade de lidar e construir num coletivo em que estarão os diferentes ( deixando de lado os opressores ou agressores),  o outro  ... ele é o “diverso”, mas algo de alguma forma nos une... esta é a unidade que a Rede Lusófona precisa encontrar.
  • Saber o que no se quer ser é vital para no passar a ser o que no queremos ser.. então a construção da identidade no pode ter pressa... o respeito, o saber cuidar é essencial. O respeito ao outro é vital ...é de nossa natureza o embate ... não é fácil a nossa luta... Temos consciência de que nossa luta não é fácil mas no podemos confundir que se passe o limite da relação entre pessoas de uma assertividade e energia e confundi-la com belicosidade e agressividade ....
  • Outro ponto delicado de relação com o outro é a comunicação... a existência das novas TICs promoveram um  salto absurdo, o salto de novas redes... de interessados em entrar.. listas de comunicação , mas isto tem outro lado pela interpretação pessoal ... ler com seu olhar... e de acordo com as circunstancias que ele esta vivendo neste momento.
  • Abraçar o Guerra e a Guerreiro ...aguerridos é diferente de  agressivos. O papo entre nós,  beleza,  mas temos que aprender sobre a facilidade com que o mal consegue se espalhar pela sociedade e dominar,  então aí vem os guerreiros do bem como contraponto. Cuidado, temos que estar muito atentos.
  • As “descolonialidades” tem que  trazer para discussão nas redes...  Começa com o eu,  estar presente em todos os eventos para tentar ajudar na tessitura das redes.
  • Há ainda uma distancia entre o Discurso e as Práticas de sustentabilidade , esta é uma outra questão que temos que  pensar na construção das redes.
  • A diferenças de escala  nos faz rever a simplicidade de forma contundente e permite viver a experiência... Pelo lugar em que moro agora, me pergunto o que significa isto na descolonialidade,  num lugar  que ainda se comporta como colônia , que se assume como objeto de uma aristocracia dona da cidade. La Patricia é como artista, fotografa, aquela que trabalha na cultura... fazer o link... é pela cultura e pela arte que se mexe com o sentimento com o coração... e esta cultura que confere identidade e que precisa ser trabalhada. Esta é a pratica de EA...
  • Historia de Dom Tomas Balduino: agricultura familiar... não importam os rótulos, as classificações... o que importa é quem eu sou e nesta relação com o outro o que é que eu desejo... por mais clichê que seja se no amo ou conheço,  como posso amar me relacionar bem com os outros!? Abraçar e distribuir sorrisos!
  •  

Herman
  • Sustentabilidade da Rede Lusófona:  REMTEA e o Tratado. Cabe perguntar como temos tratado o Tratado?.
  • De fato, foi revisitado mas não atualizado, otimizado...em fim trata-lo como se fosse um documento sempre atual. O esforço de revisitar, foi um exercício importante na REMTEA, onde se tinha uma discussão critica em função do modelo mas não sobre princípios construídos por instituições e redes.
  • Na experiência pela identidade e gênese da REMTEA, a gente pegou o viés mais crítico e politizado do sentido de EA ou de um dos sentidos da EA. Há varias formas de se fazer EA.
  • A través da revisitação se acaba apropriando nas bases com as pessoas com os quais trabalhamos , como nos estamos apropriando do  documento  e fazer com que este documento seja algo vivo, enquanto um pacto  politico que oriente nossas práticas e sendo  emancipatório buscar a transformação social.
  •  Aqui em MT  se há estimulado a solidariedade valendo-se de estratégias democráticas ... Como estamos  fazendo valer nosso processo? De que forma os aspectos globais estão sendo tratados...”estamos fazendo opções e apostas” ( Chico Saenz de Pernambuco).
  • Se deve facilitar a cooperação mutua , mas de forma a entrar nos espaços dentro dos marcos legais para propiciar autonomia e empoderamento?
  • Uma das identidades ou características identitárias da REMTEA é o fato de que ela , por ter um centro nervoso que consegue agregar sensibilidade, militância e pesquisa, no campo acadêmico consegue transitar de maneira tranquila nestas 3 dimensões, para tentar compreender o que acontece nas sociedades que chamamos como sustentáveis.
  • Entender Quilombolas, ribeirinhos, pescadores artesanais, indígenas etc., sociedades que compõem o MT. Como nesse cenário conseguimos nos constituir como redes, que relação interpessoal estamos estabelecendo no campo de afetividades, no campo da militância?
  • Estabelecemos Diálogos de mais consistência e mais politizados. Nestes diálogos valorizar o principio nº 11 do Tratado que valoriza as diferentes formas de conhecimento. Para sua sustentabilidade política e não somente financeira a Rede Lusófona deve refletir sobre isto.
  • Quanto ao Plano de ação do Tratado, deve-se estimular a Leitura critica do plano de ação. As Redes não são pessoas, mas sugestivos coletivos, mesmo estando em cargos decisórios, conselhos etc., há o compromisso ético de ocupar estes espaços como  sujeitos coletivos. Implantação de programas, PAECs, PRE (Debora Pedroti),  compreendendo também, e enquanto militantes superar a resistência com o poder público. Enxergar  e lembrar que além do o aspecto técnico no executivo,  encontramos pessoas.
  • Influencia , poder e pertinência da existência  de sujeitos coletivos. As realidades locais são o chão da ação. A REMTEA tem como identidade a identidade fenomenologia então aposta no sujeito e na realidade local, entendendo os fenômenos que as afetam.
  • Conscientização  para a transformação,  sem estabelecer realidades homogêneas planificadas e estáticas o que se contrapõe a habilidade de articulação. Metodologias, e práticas de EA em todo campo.
  • Teoria e prática nos diz que para a sustentabilidade de uma rede precisamos pensar em processos comunicativos ou comunicacionais  A circulação e o compartilhamento de conhecimentos seja de base teórica ou as informações é vital para trabalhar no território em rede.
  • E aí entra um outro ponto de comunidades, as  realidades locais e circulação de informação, nos especializarmos em realizar mapeamentos.  Estas realidades dependem destes mapeamentos para entender o que esta acontecendo nestes territórios.
  • Assim o que tem no tópico 15 do plano de ação do Tratado, no é simples no sentido midiático ( TV, Radio..) mas temos produzido materiais pedagógicos que estimulem esta visão crítica, dando visibilidade nas comunidades rurais, ribeirinhas, pantaneiras, etc.?
  • O ultimo tópico do plano de ação: entendimento de que nossa constituição da maioria das redes tem uma cara ou identidade acadêmica, então precisamos conseguir fazer o transito dialogando com as comunidades sociais , que são as que fortalece as redes.
  • Este é um necessário processo de construção e desconstrução do zoneamento do protagonismo.

PLENÁRIA FINAL
Araceli
  • Precisamos criar uma plataforma virtual onde possamos subir informações sobre que Redes estão organizadas para manter um dialogo;
  • Nesta plataforma podemos também subir experiências de Redes que já existem e suas experiências, assim como definir do que estas Redes necessitam , bem como ,compartir também os desafios que enfrentaram e como os superaram.

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Fatima Almeida

  • É necessário entender o que foi exposto como uma proposta, agora temos que dar o passo seguinte e como um  grupo de pessoas que queiram trabalhar por um projeto. Outras experiências podem enriquecer o que foi proposto.  
  • O Tratado deve ir para além desta rede. Nos já o temos desde 1992,  somos membros de uma Fundação internacional “Care Takers of the Environment”. Penso que dentro da ASPEA é importante a ligação com os países para levar o Tratado para outras Redes desenvolvidas. Divulgará o tratado aos países de língua inglesa
  • Professores e alunos do ensino médio, de 14 a 17 anos, que queiram participar no evento de  6 a 12 de Julho em Taiwan, no ano de 2015.     

Guerra

  • A Rede não são somente as universidades. Nosso papel também como Rede de Redes é sugerir  que mais Redes universitárias participem da Rede dos países Lusófonos. Tornar-se centros educadores , desde infantil até universidade.
  • Estamos atrasados nesta questão. Quer a Lusófona também abrace outros movimentos como a SIBEA para que também se uma.
  • Espanha tem uma pesquisa de indicadores em 10 países de América Latina. Nos Indicadores de docência deste documento, temos sugestões fazendo uma experiência de revisitar os indicadores da Rede. Dos mil e pouco de Planos de Ensino , fazendo uma leitura de ementas e dos Plano de Ensino de 27 cursos e de 54 Campus encontramos somente 10 % das disciplinas com indícios de ambientalização sendo mais nas área de engenharia.
  • A ideia é propiciarmos o dialogo. Há interesse da rede lusófona para ampliar com a Rede de América Latina. É importante que se faça o diagnóstico, são poucas as universidades!
  • Sabemos da USP, da UFMT, UNICAMP, mas são programas e politicas institucionais mais voltadas a gestão do que a educação em si.
  • O eixo pedagógico das escola tem que ser discutido também na universidade. Precisamos ampliar o território  do lusófono para incluir América Latina e Caribe.
  • Precisamos avançar e ir dialogando, abordando o currículo, a pesquisa e a extensão o que necessariamente inclui as comunidades.

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Jacqueline Guerreiro

  • A Troca de saberes e a legitimação destes saberes é a essência se quisermos construir Redes. Isto é ponto de tenção na Rede.
  • Nada contra a Academia, mas  o privilegiar  do saber acadêmico mata varias ações  da rede. Se a identidade da Rede Luso, são os saberes acadêmicos OK, mas se no for é necessário criar mecanismos claros e eficientes, contínuos e pertinentes para que os diferentes saberes sejam privilegiados sempre.
  • A Revista da REBEA no era acadêmica. Era  uma revista em que o ribeirinho possa escrever, mesmo não utilizando a norma culta da língua.
  • Identidade é plural e não somente acadêmica. Assim precisamos pensar em que mecanismos a Rede terá para o fortalecimento e para que não aconteça também o  desprestigio dos saberes acadêmicos em detrimento dos saberes constituídos..
M. Simons: Michèle e o logo da redeluso
  
Adotar o tratado para gerar novas formas de Governança planetária.

Previsão do III Congresso Internacional
de Educação Ambiental dos Países Lusófonos

Torreira, Murtosa (Portugal)
29de junho a 2 de Julho de 2015

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Um comentário:

Imara Quadros disse...

Gratidão pelo reconhecimento da ambientação feita no Luso em Cbá-MT/Brasil, pelos alunos do 2° ano do Curso de Eventos do IFMT-Cbá. Ambientar em contraponto a decorar, é alimentar a criação artística com conhecimentos científicos e não científicos,com sustentabilidade, com as questões socioambiental envolventes, com saberes e fazeres diversos. O GPEA sob a coordenação da Michèle Sato é a semeadura dessa proposição de Arte Educação Ambiental na escola.

bjão
imaraquadros